REFLEXÕES SOBRE O CURSO NO RECESSO – Ofertado pelos professores Luiz
Fernando Gomes e Andréa da silva Pereira
Durante esse período de pandemia foi necessário a gente buscar soluções
para enfrentar o grande problema que se ergueu na área da educação e de como a
escola poderia garantir que os estudantes continuassem estudando minimamente de
forma equilibrada.
Na Educação e Comunicação – O Papel dos Meios na
Formação do Aluno e do Professor em Educação de Jovens e Adultos, segundo
Gadotti:
[...] “educação por uma pedagogia da comunicação
que a análise criticamente. Ela deve ser desmistificada pela escola e não
substituir a escola, portanto fazer parte também do curriculum escolar. A
escola deve explorar mais os meios como: o rádio, televisão, o vídeo, a internet;
não como acessórios, mas como instrumentos indispensáveis de trabalho. A escola
não deve impedir o aluno e a aluna de assistir televisão, mas ensiná-los a
assistir televisão com uma postura crítica.
Mas a escola deve ir
além. A partir de uma perspectiva dialética, deve denunciar sim, mas também
anunciar o uso dos meios como metodologia participativa na construção de
conhecimentos, como resposta social à presença massiva da mídia em nossas
vidas, como garantia da visibilidade da cultura popular e como garantia de vez
e voz aos grupos que não têm acesso à produção industrial da cultura”.
Creio que neste período de atividades remotas, todo
professor já parou para pensar sobre se metade de suas turmas desistissem de
acompanhar a escola (as conclusões são várias). O que se percebe é que o
desengajamento dos estudantes nas atividades remotas têm aumentado
consideravelmente por diversos fatores e é preciso desenvolver um processo de
busca ativa dos estudantes que se encontram em situação de abandono escolar,
diante desse processo atípico no nosso ensino, ficou em evidência que a
pedagogia da comunicação já usávamos, mas, agora ela veio mais intensa e veio
para ficar, nos mostrando que além da televisão, há outras ferramentas
motivadoras , que podemos levar para nossos alunos, afim de motivá-los de
alguma forma a estudar de forma prazerosa.
“Foi a escola nova que
valorizou os meios de comunicação, buscando tornar mais interessante o
conteúdo, através de métodos novos. Mas não basta facilitar a aprendizagem com
meios mais agradáveis. Uma boa educação deve levar o aluno a sentir satisfação
no próprio ato de estudar. O aluno precisa sentir satisfação no que a escola
tem de específico, que é a sistematização do conhecimento”.
Nós professores, mesmo nas aulas presenciais,
tentamos motivar nossos alunos, de maneira suave e prazerosa, onde nós nos
olhamos, com olhos nos olhos e com um simples gesto, sentimos que os alunos
estão gostando e aprendendo o conteúdo passado, agora de forma remota, nos
falamos pela tela de um computador ou celular e esse calor humano que antes
sentíamos, hoje nos cabe ouvir e acreditar se os relatos deles são verdadeiros.
“De nada adiantaria
todo o desenvolvimento da tecnologia se não se trabalhar a formação do
professor”.
Esse é realmente o X da questão! Formação necessária
nós professores não temos, no começo da pandemia uns ajudavam e continuam
ajudando o outro, diante desse quadro pandêmico, as coisas foram sendo
ajustadas e amparadas por ossos amigos professores, coordenadores e gestores,
que se esforçaram e se esforçam, para que nós consigamos caminhar na mesma
estrada de aprendizagem e ensino.
Ao ler, as Máximas do Professor: Como dizia o Barão
de Itararé, me fez refletir sobre essa frase: “O tambor faz muito barulho, mas
é vazio por dentro”
Será que essas aulas remotas, estão afastando nossos
alunos?
“O que meu aluno estará fazendo enquanto assiste um
vídeo ou uma live?”
Será que eles, estão realmente assistindo? Mesmo
fazendo alguma perguntas, sempre um ou outro se sobre sai nas respostas.
“Avaliar não tem nada a ver com notas/conceitos”
Creio que alguns professores, só se avaliavam
através de provas, e deixavam passar despercebido algumas formas de como
avaliar os seus alunos, porque para mim, não só se avalia com provas ou
trabalhos e sim, é um conjunto que se faz presente durante as aulas, tanto que
para aqueles eu sobressaem durante as aulas e par aqueles que ficam quietos e
que mal falam, sem falar dos alunos que ficam no meio termo.
“Saia do centro. Peça auto avaliação!”
Pelo fato de ser professor, nós não somos o dono da
razão, sempre peço aos alunos que façam uma auto avaliação minha, para que
possamos chegar juntos em no mesmo caminho, geralmente, lanço essas perguntas:
o que vocês estão achando das minhas aulas? O que vocês querem que eu traga
para nossas aulas? Creio que assim, eles ficam motivados e que o
ensino/aprendizagem, fluem bem melhor.
Nos slides da Mínimas da Professora Zezé, me fez
refletir o seguinte: Que a humildade, não envergonha nenhum profissional,
quando não se sabe é bem melhor dizer, do que ficar inventando ou confirmando
estórias mirabolantes e tem alunos que fazem testes com nós professores,
fazendo perguntas sobre o conteúdo que está sendo passado para eles, às vezes,
perguntas que vão além daquilo que está sendo exposto em sala. Quando se sabe a
resposta tudo bem, quando não, é melhor falar que não sabe e que vai pesquisar
e que na próxima aula traz a(as) resposta (as).
Sobre a Elaboração do Material Didático, me fez ver
que devemos apresentá-lo de forma clara e objetiva, assim, a produção dos
mesmos direciona melhor os trabalhos dos alunos, de forma motivadora e
inovadora.